Publicações

O anonimato do preparador

Sara Donaldson

Tradução: Iuri Pavan e Phellipe Marcel da Silva Esteves

Edição: Iuri Pavan
Assistência editorial: Lucas da Silva Alves e Milene Couto
Revisão: Lucas da Silva Alves e Milene Couto
Projeto gráfico e diagramação: Anderson Pereira e Iuri Pavan
Design de capa: Selb

Formato: canoa (sob demanda) e digital
Dimensões: 14 × 21 cm
Páginas: 48
ISBN: 978-65-88808-70-2
Lançamento: maio de 2023
Preço: gratuito

A alienação no trabalho ocorre em qualquer área, mas é assimétrica. É o que aponta o breve ensaio de Sara Donaldson. Na divisão do trabalho intelectual de produção de um livro, há um deslizamento entre as questões “Quem é o autor desse livro?”, “Quem escreveu esse livro?”, “Quem fez esse livro?”. Há muitas possíveis respostas para as três, mas a dominante quase sempre coincide com o nome próprio impresso na capa, ignorando os processos editoriais e gráficos inerentes à execução desse aparentemente débil volume.

Sara, autora e editora, ficou perplexa diante do nosso pedido de autorização de tradução e publicação de seu texto. Mas o lançamento se justifica exatamente por mostrar, de forma espontânea, como a falta de crédito aos serviços do fazedor do livro – e aí podemos pensar metonimicamente em tradutores, editores, produtores editoriais, revisores, preparadores, copidesques, indexadores, capistas, diagramadores, ilustradores, impressores, livreiros etc. – se configura uma alienação no nível do discurso. Esperamos que, com este livreto, possamos dar a oportunidade de o leitor pensar mais em invisibilidades, anonimatos, exploração… e, ao fim e ao cabo, em resistência.

Phellipe Marcel da Silva Esteves

Sara Donaldson é uma editora de texto freelancer chegada em histórias misteriosas. Faz parte do Chartered Institute of Editing e Proofreading como advanced professional member. Quando não está preparando uma gama de livros (a maioria de não ficção), está no teatro da sua cidade na Escócia produzindo e divulgando workshops para mais ou menos noventa crianças numa sexta à noite.

A pátria portátil: uma história do livro judaico na Argentina

Alejandro Dujovne

Tradução: Joyce Palha Colaça e Phellipe Marcel da Silva Esteves
Contribuição na tradução: Raianne Negreiros, Ronald Monteiro e Vitor Calebe A. Souza

Edição: Phellipe Marcel da Silva Esteves
Revisão: Iuri Pavan
Projeto gráfico: Patrícia Oliveira

Coedição: Arquivo dos Livros e Mórula Editorial
Formato: brochura
Dimensões: 14 × 21 cm
Páginas: 320
ISBN: 978-65-86464-41-2
Lançamento: junho de 2021
Preço: R$ 40,00

A história a ser lida nesta obra não se liga necessariamente à instância nacional de um povo, embora signifique a trajetória de um objeto, o livro, dentro de um espaço nacional. Mais que qualquer coisa, talvez este livro demonstre como é possível que um capital literário — e editorial — exceda a instância nacional. As flutuações, tensões, assimetrias e conflitos entre as línguas que representaram diferentes projetos político-religioso-culturais judaicos asseveram que hebraico, iídiche, inglês e espanhol, entre outras, foram línguas, se não nacionalizadas, incorporadas ao caráter pátrio dos judeus. Não que as línguas não importassem — muito pelo contrário, todas se relacionam naquele espaço de enunciação, conforme se poderá ler neste livro —, mas elas permitiram a materialização de diferentes posicionamentos frente à produção literária judaica e às grandes questões enfrentadas por esse povo na Argentina ao longo de todo o século XX.

Aqui se conta uma história transnacional, mas também translíngue, que desafia “a realidade da desigualdade de acesso ao universo literário”. Se o espaço literário-editorial da Argentina é crescentemente rico no período que vai da década de 1910 até a de 1970, não é sem muito esforço que os empreendedores judeus furam, a princípio, a hegemonia da língua castelhana para oferecer aos correligionários leituras em iídiche e em hebraico.

Em A pátria portátil, Alejandro Dujovne faz significar a máxima de Pessoa em toda sua beleza, trazendo ainda mais complexidade às palavras. Por mais contraditória que seja a ideia de “pátria”, que se constituiu a partir de um imaginário de fronteiras, a pátria como organização social desafia os limites e nos permite repensar suas diferentes configurações. Ampliando a noção de pátria do autor português, por esta obra, podemos dizer que minha pátria — a pátria de algum povo — são meus livros, as ruas e instituições culturais por onde suas histórias foram contadas página a página. Ao ler o livro é possível conhecer cada rua, nos familiarizar com a(s) história(s) e tradição(ões) dos judeus na Argentina e entender como se prolonga uma pátria sem fronteiras físicas ou políticas, em espaços às vezes não tão favoráveis.

Joyce Palha Colaça e Phellipe Marcel da Silva Esteves

Alejandro Dujovne é especialista em história e sociologia do livro e da edição na América Latina e na Espanha e em história judaica moderna.

Laboratórios de edição no Brasil: entre formação e inserção

Sandra Santos

Edição: Iuri Pavan
Assistência editorial: Lucas da Silva Alves e Milene Couto
Revisão: Lucas da Silva Alves e Milene Couto
Projeto gráfico e diagramação: Anderson Pereira e Iuri Pavan
Design de capa: Selb

Formato: brochura (sob demanda) e digital
Dimensões: 14 × 21 cm
Páginas: 72
E-ISBN: 978-65-88808-47-4
ISBN: 978-65-81143-00-8
Lançamento: abril de 2021 (digital) e dezembro de 2022 (impresso)
Preço: gratuito

Com olhar brasilianista, a portuguesa Sandra Santos busca, no além-mar, subsídios para abordar o savoir-faire da edição experimental em laboratórios universitários. Fazendo uma ponte entre academia e mercado editorial, a pesquisadora perfila seis agentes do campo no Brasil e, ao fazê-lo, dá a saber seu modelo de funcionamento, seu escopo de trabalho, sua práxis educativa, sua história.

Observando a travessia de tais editoras entre Letras e Comunicação Social, graduação e pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão, Sandra destaca a importância de que “o ambiente de aprendizagem represente um espaço de experimentação, no qual os acertos e os erros fazem parte do processo de criação”. Nesse sentido, os laboratórios de edição carregam, em seu bojo, o exercício do fazer com objetivos pedagógicos, voltados para o estímulo e a qualificação das práticas editoriais dentro e fora da universidade. E, com isso, (in)formam as próximas gerações de profissionais do livro – e são (in)formados por elas.

Obra metaeditorial inovadora, Laboratórios de edição no Brasil: entre formação e inserção faz um mapa inédito do universo das editoras experimentais acadêmicas.

Marília Barcellos

Sandra Santos nasceu em Barcelos, Portugal, em 1994. É licenciada em Línguas e Relações Internacionais pela Universidade do Porto e mestra em Estudos Editoriais pela Universidade de Aveiro. Além de poeta, tradutora e revisora, atua como docente de português como língua estrangeira e está envolvida em vários projetos culturais, artísticos e literários.

Seus poemas e suas traduções estão publicados em antologias, revistas e blogs em Portugal, Espanha, América Latina e Estados Unidos. Selecionado por um programa de apoio à edição e à tradução do Instituto Camões e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas de Portugal, seu primeiro livro de poesia, éter, foi publicado pela brasileira Editora Jaguatirica e pela mexicana Ediciones Eternos Malabares. Divulga parte do seu trabalho no seu blog.

II Concurso Literário LerUERJ: Prêmio de Literatura Carlos Drummond de Andrade

Fernanda Cerqueira e Larissa Santos (org.)

Edição: Iuri Pavan e Thayssa Martins
Assistência editorial: Nayana Ferraz
Supervisão de revisão: Camille Labanca, Iuri Pavan, Jefferson Evaristo, Nayana Ferraz e Thayssa Martins
Revisão: Alexia Alves, Carolina Ponciano, Denia de Oliveira, Helena Settecerze, Islaine Lemos, Letícia Capuano, Lorenza Rodrigues, Mariana Mello, Priscila Mendes, Raquel Bauer e Stephanne Pastore
Projeto gráfico e diagramação: Mauro Siqueira
Design de capa: Iuri Pavan
Apoio editorial: Priscilla Morandi

Formato: brochura (sob demanda) e digital
Dimensões: 14 × 21 cm
Páginas: 98 (impresso), 86 (digital)
ISBN: 978-85-65951-03-6
Lançamento: dezembro de 2016
Preço: gratuito

Reunidos aqui, o leitor tem em mãos os textos vencedores do II Concurso Literário LerUERJ: Prêmio de Literatura Carlos Drummond de Andrade. Cada texto oferece um modo singular de investir no trabalho com a palavra literária, de produzir novos arranjos e experimentações de ultrapassagem.

Para a materialização deste livro, muitas mãos se somaram à empreitada editorial competente, atenta e minuciosa – atividade que vem merecendo espaço na formação de profissionais de Letras.

Com este volume, desejamos que os exercícios criativos contidos aqui inspirem novas experiências de seus autores e que cada leitor se sinta incentivado e lançado em seus próprios exercícios.

​Bruno Deusdará

Estudante de Letras da Uerj e bolsista do Programa de Leitura da Uerj, Fernanda Cerqueira tem 21 anos e é uma sonhadora nata, amante de livros e poetisa nas horas de inspiração. A música é o que preenche sua alma e sua voz nas horas vagas. É extremamente curiosa, o que justifica sua ânsia por conhecer novos lugares e culturas e faz de suas viagens – imaginárias ou reais – seu principal hobby. Como diria Mario Quintana, “viajar é mudar a roupa da alma”.  

Negra, mulher e idealista só quando respira, Larissa Santos cursa Letras na Uerj. Teve a oportunidade de aprender um pouco mais sobre ler o mundo com os idosos, orientadores e bolsistas do Programa de Leitura da Uerj, do qual participou durante dois anos. Completamente apaixonada pela linguagem humana e por seus meios de manifestação, acredita que sua formação na universidade e na vida é voltada para a valorização das diversas formas de contar histórias.